A vida imita a arte?
Há muito tempo (Leia-se: Desde o início do ano.) tenho tentado ler Leon de Tolstói (Ou Leão de Tolstói se preferir.)... No caso tentei fazê-lo da maneira errada, comecei por seu livro mais conhecido, Guerra e Paz, e sei que tenho problemas com livros grandes (Singelas 1400 páginas.) durante semestres atribulados... Isso mesmo! Fico angustiado por não estar terminando o livro e por ter que estudar (E isso para mim é perigoso pois posso pegar raiva do pobre livro. Diga-lhe O Doutor Jivago...) de modo de deixei-o de lado... (E olha que nem havia terminado as notas sobre o autor.)
Não! Não é o papai noel!
Dessa vez, no entando, comecei pelo certo... Lendo as Três Novelas ("A felicidade conjugal", "A morte de Ivâ Ilitch" e "Sonata a Kreutzer") e pulando as notas sobre o autor, acabei admirando o modo apaixonado e simples pelo qual descreve os cenários, as situações descritas (Totalmente válidas aos dias de hoje.) e a sociedade...
Taí um cara Legal!
"
II
No entanto chegou a primavera. A minha angústia primeira passou, sendo substituída pela angústia dos devaneios primaveris, a angústia dos desejos e esperanças incompreensíveis. Embora eu não vivesse como no início do inverno e me ocupasse com Sônia, com a música, com a leitura, saía freqüentemente para o jardim e passava muito, muito tempo a vaguear sozinha pela alameda ou ficava senatada sobre um banco, pensativa, desejando e esperando Deus sabe o quê. Às vezes, eu passava as noites a fio, sobretudo se fazia luar, sentada até o amanhecer à janela do meu quarto, e, de quando em quando, às escondidas de Kátia, soberta apenas com um casaquinho, saía para o jardim e corria sobre o chão orvalhado até o açude; de uma feita, cheguei a ir de noite para o campo e dar sozinha a volta a todo jardim.
Atualmente, é difícil lembrar e compreender os sonhos que me enchiam então a imaginação. Mesmo quando os lembro, não consigo acreditar que tenham sido justamente estes os meus sonhos. Tão estranhos eram eles, tão afastados da vida.
(...)
"
Pra que Globo se tenho Tolstói?!
Até.
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