Acordei cedo, pra variar... o som dos carros na rua e do povo passando, junto com a luz do sol entrando pela janela, me fizeram despertar. Me espreguicei, levantei, olhei o movimento na entrada do metrô (Sim, a janela do meu quarto dá para a entrada do metrô.), vesti uma roupa meia boca e fui tomar banho... Não consigo acordar direito sem tomar um bom banho, sem lavar a cabeça, escovar os dentes... sem isso fico o dia todo com a sensação de estar sujo (Ou babado.), ou com aquela sensação de coito interrompido (No caso "sono" interrompido.)...
Desci para o café. Meu Babel Fish começou a funcionar. Conversei com o pessoal (Brasileiro.) que conheci ontem, ao ir para o quarto (Eles estão no quarto ao lado.), a balada deles foi boa, irão partir hoje rumo ao norte do país. Eles partiram e começou a chegar os gringos... um estadunidense (Este sim, californiano.) que veio fazer uma entrevista de emprego hoje (Bem no Reveillon?! Vai entender!), para trabalhar no Parque Nacional Torres del Paine (Ou aqui, se preferir.). Não entendi muito bem como (Ou se é fácil.) alguém trocar um país de Primeiro Mundo por um Terceiromundista... mas cada louco com sua mania (E quem sou eu pra falar algo?!).
Antes de sair para conhecer a cidade ajudei um brasileiro ao passar algumas informações sobre o Concha y Toro, paulista ele.
Comecei com o básico hoje: Museu Nacional de Bellas Artes, Rio Mapocho (Que não tem o mesmo cheiro do Tietê! Como geofísico, me ecstasio ao ver um rio de origem do degelo. Está certo que o Amazonas, bem lá na nascente, também é de degelo, contudo, depois recebe afluentes e passa por uma das regiões com maior nível pluviométrico do mundo.), Cerro Santa Lucía, Plaza de Armas, Catedral Metropolitana de Santiago, Palácio de la Moneda e as ruazinhas adjacentes entre estes pontos e entre o albergue.
No Cerro Santa Lucía encontrei mais paulistanos, umas meninas vizinhas ao Villa-Lobos e o pai delas, conversamos pacas enquanto subiamos à torre que fica no alto do cerro. Pedi para elas tirarem uma foto, senão todos pensariam que eu tinha roubado as fotos da internet pois não apareceria em nenhuma, elas riram, e mais um pessoal (Que entendeu a piada em português.). Descemos e nos despedimos. Parei num quiosque e comprei uma água (Que teve um rearranjo de moléculas assim que coloque a mão na garrafa. Calor dos infernos aqui em Santiago!). Dei um tempo para a água derreter, tirei umas fotos e segui...
Se São Paulo tem a Serra da Cantareira, Santiago tem a Cordilheira dos Andes. As duas cidade são poluídas (São Paulo bem mais, claro!) então, dependendo do dia, é pouco provável ver alguma coisa (Se bem que sempre se avista o Pico do Jaraguá em Sampa.)... Há neve nos picos mais altos dos arredores de Santiago, mesmo com o calor que, hoje, deve estar nos 34º Celsius.
A Catedral é mais bonita do que a de Buenos Aires (Ou a nossa! Não me conformo com o Estilo Gótico! É universal, imponente, mas liso, sem adornos e sem graça.). Havia fila para os confessionários, achei isso muito engraçado! O pessoal faz fila, espera, se confessa com algum dos vários padres e vai embora, como se quisessem se livrar dos pecados no último dia do ano. Encontrei uma Garota e seu Namorado (Os dois brasileiros.) conheci eles pois ela segurava o Guia O Viajante Chile e puxei papo... na moral! Conversamos e nos despedimos ao sair da igreja.
Peguei o calçadão e fui para o La Moneda, tirei umas fotos e retornei procurando um lugar legal pra comer... Quase fui em um vegetariano (Em homenagem à Sá.), mas acabei entrando em uma galeria e comi em um Fast Food local chamado Lomiton, $ 2590,00 num Lucoton mais "agrandar" a bebida (Me lembrou um pouco a Arby's, lembram?!).
Voltei para o albergue, olhando as vitrines em liquidação. Comprei algumas águas pois estava hiper-quente e preciso me hidratar. Adorei o albergue, diferente de tudo o que já ví, o pessoal é gente boa, os hospedes também. Conversei com os Paulista (Shandra, Jacqueline e Evo, o qual ajudei com a Concha y Toro de manhã.) e uma Grega (Poli, que na verdade estuda na Alemanha.) e só fala inglês. Disse a eles que pretendia comprar uma passagem e passar o Reveillon em Viña del Mar ou Valparaíso, que queria ver o último Pôr-do-Sol do ano no Pacífico... e eles toparam a idéia.
Fomos correndo pra Estação Central, pegamos o metrô cheio, mas todas as companhias que levavam ao litoral não tinham mais passagens para antes do dia 2 de Janeiro. Voltamos ao Albergue conformados em ficar para uma outra oportunidade. Conversei pacas com a Poli (Arranhando meu inglês péssimo e matando o Tio Sam!) e fui melhorando, eu acho. Fomos dar uma descansada... depois de rodar a cidade toda e fazer um monte de coisas ainda era por volta das 15:00.
Dormi um pouco, desci e comecei a conversar com um casal australiano, comecei a conversar com a menina (Mil perdões mas não lembro o nome dela...) enquanto o cara jogava bilhar, depois ele veio (Acho que pensou que estava cantando ela. O seu nome eu lembro, é Dylan.). Conversamos pacas, sobre como é a Austrália, o Brasil, a minha viagem, a viagem deles... Subi e fui tomar banho para a festa no albergue $ 6000,00.
Festa legal... Bastante gente, bebida, comida... conversamos pacas... depois teve os fogos (Infelizmente não vimos pois, devido ao crescimento econômico, muitos prédios vem sendo construídos em Santiago, um deles bem atrás do albergue, na direção da Plaza de la Moneda, onde é a queima de fogos.), dançamos, as meninas fizeram os gringos sambar "Bezerra da Silva"... por fim, exausto fui dormir.
Tentei ligar duas vezes em casa e não consegui... fica para amanhã.
terça-feira, janeiro 01, 2008
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